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Anestesiologia

Hemodiluição normovolêmica quando e como fazer?

Dia 09/09 a Saern realizou Webinar em parceria com o Huol. O Professor Luis Vicente Garcia será o convidado que possui graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, mestrado em Clínica Cirúrgica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, doutorado em Clínica Cirúrgica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP e livre-docência em Anestesiologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP. Atualmente é Professor Associado do Departamento de Biomecânica, Medicina e Reabilitação do Aparelho Locomotor – Disciplina de Anestesiologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Anestesiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: analgesia, dor, obesidade, anestesia, bloqueios regionais, clonidina, reposição volêmica, anestesia em geriatria, hemodiluição normovolêmica aguda e risco anestésico cirúrgico.

Credenciamento do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) para residência médica em anestesiologia.

Em 4 de dezembro de 2020, os membros da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), Dr Daniel Queiroz (RJ) e Dr Rodrigo Alves (BA), realizaram a vistoria no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) para o credenciamento da residência médica em anestesiologia.

O Centro de Ensino e Treinamento (CET) HUOL contará com 4 vagas em 2021 reconhecidas pela SBA – Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Dessa forma, o CET terá como responsável o Dr. Wallace Andrino e como instrutores credenciados os Dr. Rafael Klenio Confessor e Dr. Arthur Halley.

Programa Teórico Oficial .

Trata-se de uma grande conquista para a Sociedade de Anestesiologia do Rio Grande do Norte.

 

 

SBA 2020: Atualização na diretriz da anestesia regional em uso de anticoagulantes

Resumo saern anestesia

Os padrões evolutivos para a prevenção do tromboembolismo venoso perioperatório e a introdução de medicações antitrombóticas cada vez mais potentes resultaram em preocupações com o aumento do risco de sangramento neuroaxial.

Após o consenso da Sociedade Brasileira de Anestesiologia em 2014, novos medicamentos anticoagulantes orais foram aprovados pelas instituições reguladoras internacionais, assim como pela ANVISA.

As sociedades que buscam abordar o manejo perioperatório desses fármacos apresentam recomendações conflitantes. Em resposta a essas questões e à necessidade de uma abordagem mais racional, as condutas foram atualizadas nesta revisão narrativa e feitas declarações de consenso.


Portanto, foram projetadas para encorajar a assistência ao paciente de forma segura e de qualidade, mas não podem garantir um resultado específico. Tal como acontece com qualquer recomendação de orientação clínica, estas estão sujeitas a revisão com o conhecimento de avanços específicos de complicações.

Enfim, o objetivo foi avaliar aspectos da segurança em anestesia e analgesia regional em pacientes em uso de medicações antitrombóticas, tais como: possíveis complicações decorrentes da técnica; fatores de risco associados ao hematoma espinhal, estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento; intervalo seguro para suspensão e reinício da medicação após o bloqueio regional.


© 2020 Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este é um artigo Open Access sob uma licença CC BY-NC-ND (
http://creativecommons.org/licenses/bync-nd/4.0/)

Acesse o artigo completo clicando abaixo

SBA-2020-Diretriz-na-anestesia-com-uso-de-anticoagulante-.pdf

REVISÃO DAS RECOMENDAÇÕES PARA RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) EM PACIENTES COM COVID-19

REVISÃO DAS RECOMENDAÇÕES PARA RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) EM
PACIENTES COM COVID-19


Sociedade de Anestesiologia do Rio Grande do Norte (SAERN), Cooperativa de Anestesiologia do Rio Grande do Norte.


Autores:

Vinicius Fernando da Luz1, Wallace Andrino Silva2.


1. Anestesiologista. Residência médica FMUSP, Doutorado FMUSP, Aperfeiçoamento em pesquisa clínica –
Harvard, MBA em saúde FGV, Instrutor de ACLS American Heart Association.
2. Anestesiologista. Residência médica FMUSP, Doutorado FMUSP, Título Superior de Anestesiologia – SBA, Instrutor de ACLS
American Heart Association.

 

Para acessar o documento completo clique abaixo

PROTOCOLO RCP COVID 2019 rev

Mudanças na ressuscitação cardiopulmonar em pacientes com COVID -19

A SAERN e Coopanestrn realizaram no dia 09/04, o segundo webinar com o objetivo de informar sobre ANESTESIA E A COVID-19.
O nosso convidado desta edição é o Dr Vinícius Fernando da Luz. MD, PhD, MBA e Instrutor de ACLS.

 

 

 

 

 

Estou pronto para ir trabalhar. Será? 

Como estamos nos tratando? Como nos colocamos diante de nossa profissão? Observamos que o dia a dia do profissional médico é intenso e, muitas vezes ele entra em uma rotina de trabalho exaustiva e esquece que ele mesmo precisa cuidar de sua saúde. 

Dentre as especialidades médicas, a anestesiologia é uma que apresenta um alto grau de estresse. É uma especialidade que possui uma atividade laboral que exige tomadas de decisões rápidas e precisas e um grau máximo de atenção constante ao seu paciente. 

Por isso, a possibilidade de adoecimento é grande. Principalmente no que se refere a exaustão física e emocional. Não é por acaso que existe um índice alto de Burnout entre os anestesiologistas. Vários trabalhos realizados em diversos estados no Brasil apresentam um nível importante de Burnout que chega, em alguns lugares, a atingir mais de 50% dos anestesiologistas.

Além de dessa síndrome do esgotamento físico, os anestesiologistas apresentam também depressão, drogadição, alcoolismo e ideação suicida.  É necessário, portanto, que o médico anestesiologista olhe para si mesmo e, a exemplo do que faz na sua rotina de trabalho, quando checa as condições de seu equipamento no início do dia e faz o check list para uma anestesia segura, visando o bem estar do paciente, que ele possa também fazer o seu próprio checklist.

Isso é possível de fazer a partir de um programa desenvolvido pelo governo americano chamado TeamSTEPPS 2.0. Aplicando esse programa o médico pode checar como está.

 É o I’M SAFE.

I – A primeira pergunta que ele tem que se fazer é: Estou me sentindo mal o suficiente para prejudicar o meu desempenho profissional? 

Em outras palavras é você se perguntar se está em condições de saúde boas para trabalhar. Isso parece bobagem, mas sabe-se que o médico reluta muito em admitir que está doente. Muitas vezes, quando procura ajuda já apresenta doença em estágio avançado. Portanto, é preciso se perguntar pela manhã como você está. 

M –  Se você está usando alguma medicação deve se perguntar: Essa medicação pode afetar minha capacidade de atenção e performance? 

Devido ao aumento do número de casos depressão, alcoolismo, ansiedade, burnout é cada vez mais comum a utilização de psicofármacos. Não é nenhum demérito seu uso desde que seja por orientação de especialista. Se for preciso alterar a dosagem ou iniciar o seu uso, que seja feito quando não houver atividade laborativa no dia seguinte. 

S – O stress é praticamente inerente à atividade médica como um todo e especialmente presente na prática da anestesiologia. Aprendemos a conviver com ele e até esquecemos e negligenciamos a sua presença.

No entanto, devemos estar atentos a alguma situação estressante em especial (seja pessoal ou profissional) que possa impedir de manter o foco e a capacidade de executar a nossa função. Se algo assim está acontecendo, o recomendado é buscar auxílio psicológico/psiquiátrico. Afinal, assim como o coração e o pulmão, o cérebro também adoece. 

A – Álcool/ drogas. Devemos sempre nos perguntar se o uso do álcool ou drogas ilícitas está causando prejuízo a nossa capacidade de exercer as tarefas com segurança. Essa é uma questão óbvia, porém difícil. Porque quem está diretamente envolvido no consumo exagerado de álcool ou drogas, muitas vezes não tem a percepção de quão grave é a situação. Não quer ver e precisa, muitas vezes, de ajuda externa para compreender o seu real estágio. O recomendado é que não haja de fato um consumo exagerado de álcool e que entre o consumo e o ato anestésico haja um intervalo mínimo de oito horas. 

F – Fadiga. Os efeitos da fadiga sobre a performance profissional podem ser devastadores. Há uma relação entre ela e a ocorrência de eventos adversos. Um indivíduo que apresenta fadiga tem seus reflexos mais lentos, e essa lentidão pode trazer consequências catastróficas ao paciente e ao médico. Este médico se torna também vítima desse evento adverso. É a segunda vítima.

Um profissional que sofre, perde a confiança dos pacientes e a autoconfiança. Muitos mudaram a sua atividade, deixando uma especialidade ou mesmo a profissão depois de um evento adverso. Portanto, devemos estar atentos a fadiga. 

E – eating/ elimination. Uma das perguntas que devemos nos fazer antes de uma jornada de trabalho é: Me sinto bem alimentado e nutrido de maneira adequada, e estou com minhas funções fisiológicas funcionando bem? 

O cuidador deve estar com saúde suficientemente boa para cuidar bem dos seus pacientes.  Exercendo o nosso ofício, muitas vezes passamos horas e horas no centro cirúrgico. Nesse período não nos alimentamos e passamos muito tempo sem ir sequer ao banheiro. Quando se tem as necessidades fisiológicas não atendidas, entramos num estado de ansiedade e a nossa atenção e concentração vão por água abaixo. 

Quando isso acontece estamos entrando naquela área nebulosa que propicia o erro e o aparecimento de eventos adversos. Ou seja, não estamos dando a devida atenção ao nosso paciente. Passar mais de seis horas sem se alimentar ou ir ao banheiro não é recomendável.

Esta é, portanto, a lista de checagem que deveríamos fazer todos os dias antes de sairmos para trabalhar. Se por acaso estamos em um mal dia ou passando por um problema muito sério que nos impeça de prestar um bom serviço ao nosso paciente com segurança e qualidade, tenhamos a coragem de dizer não a nós mesmos. Podemos ligar para um colega e nesse dia tirar um dia para repouso, para fazer um passeio, ir a praia, estar com a família ou simplesmente sentar e ler um bom livro. 

Que essa checagem nos ajude a exercer a nossa atividade com tranquilidade, qualidade e segurança para nós e, principalmente para o nosso paciente. Depois de checar a nós mesmos podemos sair com o pensamento tranquilo e dizer para nós mesmos: estou seguro! (I’m safe!). 

 

Texto baseado no artigo: Checklist do Anestesiologista escrito por Giovanni Menezes Santos e publicado na revista Anestesia em revista Ano 68, número 02 de abril/maio/junho de 2018. 

Por Dr. Frederich Marcks Abreu de Goes

 

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